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terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Paulo Reglus Neves Freire Advogado e Educador brasileiro 1921-1997

Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão."



"A educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda." 



foto de Paulo Freire


Principais ideias
( Informações tiradas do site www.pedagogia.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=45)




Paulo Freire se opôs aos privilégios das classes dominantes, as quais impedem a maioria de usufruir os bens produzidos pela sociedade. Para ele, a modificação desse quadro deveria partir dos próprios oprimidos, depois de um trabalho de conscientização e politização. Sua principal ideia refere-se a dois tipos de pedagogia: a pedagogia dos dominantes e a pedagogia do oprimido. A pedagogia do dominante é fundamentada em uma concepção bancária de educação, predomina o discurso e a prática, da qual deriva uma prática totalmente verbalista, dirigida para a transmissão e avaliação de conhecimentos abstratos, numa relação vertical, o saber é dado, fornecido de cima para baixo; é autoritária, pois manda quem sabe. Nesta concepção, denominada por Freire de Educação Bancária, o sujeito da educação é o educador, sendo os educandos como vasilhas a serem enchidas pelo conhecimento depositado pelo educador. 

Segundo Freire, a Pedagogia do Oprimido* é uma proposta de oposição à esta realidade. Nesta concepção a educação surgiria como prática da liberdade, que deve surgir e partir dos próprios oprimidos. Não é suficiente que o oprimido tenha consciência crítica da opressão, mas que se disponha a transformar essa realidade. Sua proposta se configura como um trabalho de conscientização e politização.

A educação, segundo Freire, deveria passar necessariamente pelo reconhecimento da identidade cultural do aluno, sendo o diálogo a base de seu método. O conteúdo deveria estar de acordo com a realidade cultural do educando e com a qualidade da educação, medida pelo potencial de transformação do mundo. 

Atuou na Educação de Jovens e Adultos, privilegiando o diálogo e o trabalho em grupos e valorizando os conhecimentos trazidos pelos educandos. A partir disso desenvolveu uma metodologia para a Alfabetização de Jovens e Adultos condizente com suas ideias e com sua prática. Ela conta com os seguintes passos: 
  • levantamento do universo vocabular dos grupos, para a escolha das palavras geradoras
  • organização dos círculos de cultura, formados por pequenos grupos, sob a coordenação de uma pessoa, que não precisa necessariamente ser um professor
  • a representação de uma das palavras, já que estas pertencem ao universo vocabular dos educandos, aliada à sua experiência de vida, gerará temas correlatos, descobrindo-a como suma situação problemática
  • reúne-se todo o material possível para ampliar a consciência e a experiência dos educandos
  • passa-se à visualização da palavra e ao processo de decodificação em unidades menores, para reconstituí-la posteriormente.

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