"Ler não é decifrar, escrever não é copiar"
Principais ideias
( Informações tiradas do site www.pedagogia.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=117)
Foi doutoranda de Jean Piaget. Promoveu a continuidade do trabalho de Piaget sobre epistemologia genética - uma teoria do conhecimento centrada no desenvolvimento natural da criança - estudando um campo que ele não havia explorado: a escrita.
A partir de 1974, na Universidade de Buenos Aires, desenvolveu uma série de experimentos com crianças que deu origem às conclusões apresentadas na sua mais importante obra: Psicogênese da Língua Escrita, publicado em 1979 e escrito em parceria com a pedagoga espanhola Ana Teberosky. A obra apresenta os processos de aprendizado das crianças, chegando a conclusões que puseram em questão os métodos tradicionais de ensino da leitura e da escrita.
Emília afirma que a construção do conhecimento da leitura e da escrita tem uma lógica individual, embora aberta à interação social, na escola ou fora dela. Neste processo, a criança passa por etapas, com avanços e recuos, até se apossar do código linguístico e dominá-lo. O tempo necessário para o aluno transpor cada uma das etapas é muito variável.
De acordo com a teoria exposta em Psicogênese da Língua Escrita, toda criança passa por quatro fases até que esteja alfabetizada:
- pré-silábica: não consegue relacionar as letras com os sons da língua falada;
- silábica: interpreta a letra a sua maneira, atribuindo valor de sílaba a cada uma;
- silábico-alfabética: mistura a lógica da fase anterior com a identificação de algumas sílabas;
- alfabética: domina, enfim, o valor das letras e sílabas.
Nos anos 1980, suas ideias causaram no Brasil um grande impacto sobre a concepção que se tinha do processo de alfabetização, influenciando os Parâmetros Curriculares Nacionais. Emilia é hoje professora titular do Centro de Investigação e Estudos Avançados do Instituto Politécnico Nacional, da Cidade do México, onde mora.
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