“ A primeira idéia sobre o uso dos computadores na educação era usá-los para fazer um pouco melhor o que as escolas já vinham fazendo. Isso não é uma crítica. É assim mesmo que deve começar um movimento em direção a uma mudança radical. Mas chegou o momento de ir além dessa escola apoiada na tecnologia. É hora de abrir nossas mentes para uma mudança radical na própria instituição escolar.”
Papert e Cavallo
Muitas tecnologias apareceram nos últimos tempos, computadores, celulares, máquinas digitais, aparelhos eletrônicos... E a escola, ela mudou?
“ A escola está mudando – devagar, como é comum às grandes burocracias – mas com uma direção claramente identificável: prepara-se para oferecer um currículo menos enciclopédico e mais voltado para o desenvolvimento da capacidade de aprender.”
Em certas partes sim, já temos hoje, algumas escolas que fazem uso de computadores com os alunos: aulas de robótica, jogos pedagógicos em laboratórios de informática e pesquisas, mas tudo isso ainda é muito pouco, tendo em vista que em grande parte das escolar públicas não existe nenhum contato com grandes tecnologias como computadores e semelhantes .
Por outro lado, também podemos perceber que não vale somente ter grandes máquinas é necessário saber usar-las e colocar aquilo a serviço da educação. Sendo assim qualquer outra tecnologia que o professor saiba utilizar bem, que não seja os computadores, é válida, pois cativa os alunos para o aprendizado. E isso é o que importa!
“ Antes de você ficar encantado com os objetos maravilhosos e telas de vídeos deslumbrantes, deixe-me lembrá-lo de que informação não é conhecimento, conhecimento não é sabedoria e sabedoria não é perspicácia. Cada um se desenvolve a partir do outro, e nós precisamos dos três.”
Arthur C. Clarke
Segundo Pierre Lévy, vivemos na sociedade do espetáculo, onde tudo está ligado a uma tela de computador, que por sua vez possibilita muitas conexões. Isso tem atemorizado a área da educação, devido ao grande avanço da informática, muitos professores se sentem ameaçados, porque, os computadores possibilitam um mundo de conhecimentos e a escola tem seu conhecimento fragmentado em algumas disciplinas, o que torna as máquinas mais atraentes.
A escola está ainda ligada à escrita, ao conhecimento enciclopédico, onde poucos falam de cima e todos os outros escutam debaixo e a informática está ligada a tudo e a todos em um mesmo horizonte. Não é necessário dizer qual é o mais interessante.
Sendo assim, o que cada professor e cada escola deve fazer? – Em primeiro lugar, o problema não são os computadores, eles estão aí para auxiliarem o processo de educação, são máquinas a serviço do homem. Em segundo lugar, o professor tem que fazer uso das tecnologias, saber utilizá-las da melhor maneira possível, isso quer dizer que não basta usar de qualquer modo, é preciso planejar as ações, para que os alunos não se percam no mundo existente dentro das máquinas. Depois é necessário saber que não existe máquina que substitua a maneira afetiva e social que os professores têm para ensinar. E por último, mudar a maneira de como a escola vê o conhecimento. É uma vergonha que o sistema escolar, que já existe a tanto tempo, não evolua para outras dimensões, o que a informática, que apareceu um dia desses, já possibilita infinitas conexões com o mundo todo. Por isso que ela deve estar presente nas escolas, pois possui braços e pernas que chegam mais longe, e como todos já perceberam, está mais que na hora da escola voar para novos horizontes.
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